Coordenadas: 12°50'36.87"S/ 38°56'6.70"O
Povoados: Lagoa; Samambaia do Meio; Tamancas; Topa de Cima; Topa de Baixo; Piedade; Baixão do Guaí; Mutamba; Guarucú; Bom Jardim; Terra Seca; Carobas; Rio Grande; Fanu Leite; Tabatinga 1 e 2; Cascalheira; Quilombo; Salaminas; Porto da Pedra; Enseadinha; Gerém ; Sítio Gramador; Palma de Cima; Quizanga/Socorro; Entrada Rural de Capanema; Rio Grande (Piedade); Água Boa; Traíras/Rio das Pedras/ Tijuca; Santa Ângela; Fanu Leite; Camarão de Baixo.
Histórico:
Desde o tempo de Álvaro Dias que essa região do Guaí-São Roque começou a ser habitada e esse detalhe é demonstrado no mapa quinhentista que cita uma comunidade no baixo do rio Icagaçu, que atualmente, chamamos de Guaí. Portanto, se o rio Paraguaçu, foi o fator especial do desenvolvimento da região, o rio Guaí também pode ser considerado de fundamental importância por ter sido o primeiro a ser habitado devido a sua tranquilidade e por propiciar a madeira desejada pelos portugueses naquele momento histórico.
Reza a lenda, e é bom que registre-se isso, que habitavam nestas plagas nativos indígenas, que tinham a cultura particular do canibalismo. Por volta de 1520, exploradores portugueses chegaram até o Rio Paraguaçu e subiram o rio Cachoeirinha, no atual distrito do Guaí, às margens dos quais habitavam esses indígenas Osvaldo Sá diz que os portugueses que aqui aportaram, vislumbraram com a riqueza das matas e a acessibilidade que o rio proporcionava a qualquer embarcação, essa era a condição necessária para que os primeiros habitantes europeus destas terras tivessem acesso a outros locais. A destruição daquela gente foi brutal, os indígenas foram expulsos ou escravizados e logo após os portugueses começaram a criar suas primeiras povoações. Os índios escravizados misturaram-se rapidamente aos negros trazidos do continente africano e por isso, essa região se tornou o foco principal das revoltas que ocorreram nos séculos XVI e XVII no município espalhando o terror por diversas outras comunidades. Negros fugidos que não aceitavam viver daquela forma cruel montaram diversos quilombos e mocambos para reagir a cultura européia e os índios lutavam pela retomada de suas terras.
Uma outra luta travada por essas terras foi a Invasão Batava, holandeses destruíram diversos engenhos. A maioria não conseguiu se reabilitar ao longo do tempo.
A vila de Capanema é uma das mais antigas da região e por diversas vezes, teve a sua alçada de distrito abolida e restaurada. Em 1853, o atual distrito do Guaí foi restaurado à jurisdição de distrito, sob o nome de Capanema, depois de ter sido extinto pela Resolução de no 43, de 27 de abril de 1846.
Todavia, segundo Osvaldo Sá, em 20 de julho de 1881, foi criado o distrito de Paz de São Roque, e neste Capanema passaria a ser apenas um arraial, contudo isso só veio há ocorrer sete anos depois, em 10 de setembro de 1898.
Em 1933 com a nova Divisão Administrativa do Brasil, é criado definitivamente, o distrito de Paz de Santo Antônio de Capanema desmembrado-o do de São Roque do Paraguaçu e anexando-o ao município do Maragogipe. Em 01 de junho de 1944, sob o decreto estadual no 12978, retificando o decreto-lei no 141, o distrito de Santo Antonio de Capanema passou a ser chamado de Guaí e assim permanece até os dias atuais.
Escrito por Zevaldo Luiz Rodrigues de Sousa
Licenciado em História pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
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