Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de agosto, 2011

Cel. Alexandre Alves Peixoto e a construção da estrada de Maragogipe a São Felipe

Por: Fernanda Reis (leia texto completo em sua dissertação de mestrado clicando no título  “A FESTA DO EXCELSO PADROEIRO DA CIDADE DAS PALMEIRAS”: O CULTO A SÃO BARTOLOMEU EM MARAGOGIPE (1851-1943)  ) Coronel Antônio Felipe de Melo A causa de nosso atraso repetimos, - são as estradas... se o cofre da municipalidade não se acha em condições de empreender tais consertos, deve recorrer a um empréstimo provincial. A presidência não se negará a tal empréstimo, visto sua applicação ser em proveito do engrandecimento da província. (CORONEL Antonio Felipe de Melo. O Prélio, Maragogipe, BA, Ano 1, n. 16, 29 ago. 1920. Não paginado. (redator-chefe e proprietário: Getulio Tourinho) A citação de 1920 demonstra que a elite de Maragogipe entendia como necessária a construção de estradas como uma etapa indispensável para o progresso da cidade. Apesar dessa idéia ganhar impulso a partir da década de 1850, é evidente que esse avanço demorou para se constituir numa realidade como Maragogipe. Nesse senti

Histórico do Forte de Santa Cruz do Paraguaçu, em Maragogipe

Foto: Zevaldo Sousa O Forte de Santa Cruz do Paraguaçu localiza-se na margem direita da foz do rio Paraguaçu, na altura da atual cidade de Maragojipe, no estado da Bahia, dominando o acesso ao Recôncavo baiano. Antecedentes Foto: Zevaldo Sousa Um documento datado de 1659 dá conta da existência de três fortes na região, o mais importante dos quais o Forte Real de Paraguaçu (SOUZA, 1983:105). Também conhecido como Forte de Santa Cruz do Paraguaçu, Forte da Barra do Paraguaçu ou Fortinho do Paraguaçu, não existe consenso entre os estudiosos quanto aos seus construtores. A sua forma atual data provávelmente do início do século XVIII, erguido sobre uma estrutura anterior, remontando à primeira metade do século XVII. No contexto da segunda das Invasões holandesas do Brasil (1630-1654), em conjunto com o Fortim da Forca na margem oposta do rio, com quem cruzava fogos, tinha a função de impedir o acesso de invasores ao sertão do Iguape e seus engenhos de açúcar, e às vilas de Maragojipe e Cach

Estudar História ajuda a compreender o homem e o mundo

Ana Cássia Maturano  Especial para o G1, em São Paulo Dia desses, acompanhei um aluno do ensino fundamental no estudo da disciplina de história. O tema era o Oriente Médio e havia muita dúvida acerca do mapa da região de Israel, Palestina, Faixa de Gaza, Jordânia e Cisjordânia. O local, palco de constantes conflitos, sofreu muitas mudanças. O estudante, tendo em mente diferentes configurações do mapa, queria entender qual era o verdadeiro: o professor lhe apresentara um; o colega lhe mostrara outro. O garoto, na angústia de entender o que se passava, esqueceu de usar uma ferramenta importante e simples em tal disciplina – a leitura do texto do referido assunto. Juntos, realizamos a leitura do texto, como se lê um jornal ou revista. Observamos as figuras e as mudanças no mapa. Pois é, professor e colega estavam certos – o mapa apresentado por cada um referia-se a momentos históricos diferentes. Rapidamente sua dúvida foi sanada. Observo, em vários estudantes, certa resistência ao estudo

LIVRO: Festa da Boa Morte, Cadernos do IPAC 2

O Livro Festa da Boa Morte, disponibilizado pelo IPAC, em seus cadernos é estudo sobre uma manifestação característica da religiosidade popular que acontece todos os anos na cidade de Cachoeira, no Recôncavo Baiano. Segundo Ednalva Queiroz o estudo "foi norteado pela premissa de que o bem cultural, como todo signo, tem um imprescindível suporte físico – dimensão material que é o suporte de comunicação; uma estrutura simbólica que lhe dá sentido – e que se estabelece na prática dos sujeitos capazes de atuar segundo certos códigos; que o bem de natureza imaterial ou intangível se caracteriza, segundo a Constituição Brasileira, como uma “referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade.” Uma ótima opção de leitura para quem quer saber um pouco mais sobre a Festa da Boa Morte, em Cachoeira. CLIQUE na imagem ou neste LINK para baixar o livro completo.

LIVRO: Boa Morte - Das memórias de filhinha às Litogravuras de Maragogipe, por Sebastião Heber Vieira Costa

Clique AQUI para Baixar livro Em seu Livro BOA MORTE - Das memórias de filhinhas às Litogravuras de Maragogipe, Sebastião Heber Vieira Costa explica como se deu uma das Festas mais populares da Bahia, no município de Maragogipe. Leia um texto-resumo que fiz baseado nos escritos de Sebastião Costa. Na Terra de São Bartolomeu e da Boa Morte, na Igreja da Matriz de São Bartolomeu de Maragogipe há um altar com a imagem dessa devoção, isto é Maria está deitada num esquife mortuário. A Irmandade da Boa Morte se constituíu de mulheres negras, escravas alforriadas, o que fez com que, pouco a pouco, as Filhas de Maria ocupassem esses lugares na Irmandade. E a posse de determinados objetos em mãos de descendentes das antigas integrantes da Boa Morte, confirmam a antiga presença daquela irmandade em Maragogipe. Por outro lado, o “achamento” dessas duas gravuras do século XIX, confirma a existência pregressa da Irmandade no local. O Pe. Sadoc foi o primeiro a falar com Sebastião Costa sobre import

Paulo Fonteles Filho: Resposta a coluna “A Bolsa Ditadura não chegou ao Araguaia” do jornalista Elio Gaspari

Acabo de ler, em São Geraldo do Araguaia, a coluna “A Bolsa Ditadura não chegou ao Araguaia” do jornalista Elio Gaspari publicada neste domingo (31) na Folha de S.Paulo — um dos mais proeminentes jornalões do país. Por Paulo Fonteles Filho* O jornalista que há anos tem se dedicado ao tema da repressão política brasileira, já na chamada da matéria revela quais as posições que irá defender submetendo centenas de milhares de brasileiros ao consumo de opiniões estranhas e elitistas. Tudo isso acontece no bojo do debate que vai crescendo na sociedade brasileira sobre a aprovação (ou não), pelo Congresso Nacional, da Comissão da Verdade, instrumento fundamental para a elevação da vida democrática do país. Particularmente chama a atenção o jocoso termo “Bolsa Ditadura”. O centro do problema ensejado no título é a crença de que reparação às vítimas da quartelada de 1964 é uma mordomia para aqueles que foram duramente perseguidos pelos estreludos generais de então. As distorções não corresponde

Feira do Caijá, uma feira de saveiros e de tudo que você imaginar

Uma fileira de 20 saveiros de vários calados, aguardavam a maré cheia para levantarem suas velas em direção a salvador, enquanto os mestres orientavam os estivadores no embarque de farinha, frutas, cerâmica, legumes, a produção do recôncavo baiano. Esta feira que era antigamente dia de sexta-feira e passou para dia de quinta-feira nas suas primeiras horas em todas as semanas e o prédio do mercado municipal Alexandre Alves Peixoto, uma construção de 1959, ficava cheia de gente, mercadores de todos os tipos, velhos lobos do mar e biscateiros de toda parte. Era a Feira do Cajá, em Maragogipe, Bahia. Um dos pontos que abasteciam os saveiros que levavam o de comer e beber do Recôncavo para a Feira de São Joaquim, em Salvador, por volta de uma hora da tarde os saveiristas já começavam a pensar em partir. Se o vento estivesse bom, ás 10 horas da noite estariam em Salvador. Se o tempo estivesse bom, sem ameaças de temporal, você poderia voltar a Salvador de saveiro, vindo de Maragogipe. Bastav