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O Caboclo da Dois de Julho |
Ah! Como eu gosto de fazer meus conterrâneos mostrarem realmente a verdade que nunca quer ser dita e que permanece omitida por órgãos de imprensa e por grandes historiadores acadêmicos de plantão. Eu não consigo deixar de acreditar que um dia todos esses discursos irão mudar e outros surgirão na busca de novas soluções.
O dois de Julho é um data importantíssima para a Bahia e para o Brasil, apesar deste último não reconhecê-lo devido o fato de ter ocorrido primeiro no Nordeste e não no Sudeste. Se não fosse por nós, nordestinos arretados de plantão, a independência poderia demorar um pouco mais, mas como não gostamos de ficar submissos à uma realidade nua e crua, falamos e resistimos, lutamos e reivindicamos nossos direitos.
Portanto, é de arrepiar, saber que pouca gente sabe que a Cabocla Sanfelista é Maragogipana, e está lá já faz um bom tempo, quase uns trinta anos. Segundo me consta, foi no governo de Plínio Guedes que o empréstimo foi efetuado e de lá até cá, a Cabocla virou a tradição de São Félix, essa não precisa ser desfeita, pois todos os anos, nessa época, os maragogipanos poderiam emprestar novamente a Cabocla e as comemorações aconteceriam, basta o consenso. Mas a pergunta que não quer calar é: Porque nenhum secretário de Cultura, prefeito, vereador, ou representante da sociedade organizada, ou o próprio representante da instituição que deveria ter a Cabocla sob posse não reivindica os nossos direitos? Porque nós maragogipanos sempre temos que ficar com a maldita fama de morarmos na terra do já teve?
Questiono porque sei que Maragogipe teve uma importância enorme no Dois de Julho e a história conta isso, apesar de poucos historiadores omitirem sobre essa questão. Muitos omitem o próprio Dois de Julho que não é retratado em alguns livros didáticos para os nossos alunos, quanto mas a história de uma cidade que ninguém dá importância para sua história. Nós, maragogipanos nos acostumamos ao fato e a espera de outras pessoas. São essas em sua maioria que conta a nossa história. A própria prefeitura, e aí vale a crítica para o secretário de Cultura e Turismo Luis Carlos Brasileiro deixam sempre para o depois a nossa história, os livros que podem ser criados com os conhecedores da nossa história, ou o banco de dados virtual que pode ser criado sem muitos custos, basta colocar uma pessoa a disposição, um historiador ou um museólogo para que o mesmo fique disponível a fazer entrevistas, coletar informações, criar livros e etc...
Com isso, lembro e recordo novamente os diversos Museus que seriam instalados aqui em Maragogipe - Carnaval, do Mar, até o ministro Gilberto Gil veio aqui e cadê??? Andou ou estagnou?
A Dois de Julho, que apesar de aniversariar no Sete de Setembro é a dona da Cabocla, nós maragogipanos exigimos que os representantes tomem uma satisfação das autoridades competentes e se unam na busca da nossa história.
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