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Mostrando postagens de julho, 2011

Cronologia do Conflito no Quilombo de São Francisco do Paraguaçu

Breve histórico da Região 1660 – Início da construção do Convento de Santo Antônio, do qual remonta a origem da comunidade de São Francisco do Paraguaçu, marcando o desenvolvimento do vilarejo. O Início da sua construção foi em 1660 e concluída em 1686, com muito trabalho árduo de escravos africanos; A ocupação do Lagamar do Iguape começa desde o século XVI com os engenhos fundados em frente a ilha dos franceses por Antônio Penedo; Durante a construção do Convento do Paraguaçu, muitos negros fugiram do trabalho árduo e procuraram um lugar de mata fechada para se refugiar, onde formaram o quilombo Boqueirão. A partir da fuga, esses escravos constituíram o quilombo do Boqueirão ocupando a região do Boqueirão, Alamão e do Caibongo Velho, locais escolhidos devido à facilidade de água. Lá se plantava batata, feijão, mandioca: “Nós não tinha voz, botaram os escravos para fazer perversidade que nem animal agüentava. Muitas pessoas passaram, muitas se arrumaram no meio do mato, se esconderam

Pequeno Histórico do Distrito do Guaí (Capanema), em Maragogipe

Coordenadas: 12°50'36.87"S/ 38°56'6.70"O Povoados: Lagoa; Samambaia do Meio; Tamancas; Topa de Cima; Topa de Baixo; Piedade; Baixão do Guaí; Mutamba; Guarucú; Bom Jardim; Terra Seca; Carobas; Rio Grande; Fanu Leite; Tabatinga 1 e 2; Cascalheira; Quilombo; Salaminas; Porto da Pedra; Enseadinha; Gerém ; Sítio Gramador; Palma de Cima; Quizanga/Socorro; Entrada Rural de Capanema; Rio Grande (Piedade); Água Boa; Traíras/Rio das Pedras/ Tijuca; Santa Ângela; Fanu Leite; Camarão de Baixo. Histórico: Desde o tempo de Álvaro Dias que essa região do Guaí-São Roque começou a ser habitada e esse detalhe é demonstrado no mapa quinhentista que cita uma comunidade no baixo do rio Icagaçu, que atualmente, chamamos de Guaí. Portanto, se o rio Paraguaçu, foi o fator especial do desenvolvimento da região, o rio Guaí também pode ser considerado de fundamental importância por ter sido o primeiro a ser habitado devido a sua tranquilidade e por propiciar a madeira desejada pelos portuguese

Pequeno Histórico do Distrito de Coqueiros do Paraguaçu, em Maragogipe

Coordenadas: 12°43'6.41"S/ 38°56'5.39"O Povoados: Serraria; Pedrinhas 2; Pitinga Seca; Cajazeiras; Olho D’água; Campinas; Santana; Rios dos Paus; Batatan; Cumbe; Bento Sardinha; Manguinho; Boa Vista; Carro Quebrado; Pau Seco; Irriquitiá; Rio Grande; Guaruçu; Giral Grande. Histórico: Em quase todo seu período histórico o distrito do Coqueiros do Paraguaçu, como é chamado atualmente para diferir de seus homônimos brasileiros, sempre foi nomeado pela palavra Coqueiro, no singular, poderia até representar unidade com a vila da qual foi originada, neste caso, Nagé, mas esse fato não ocorre, devido a fatores do coração. Não há como saber, porém, quando suas primeiras casas de taipa surgiram, mas segundo as documentações existentes, desde o século XVIII, o vilarejo já florescia à proporção do desenvolvimento de seu ancoradouro, por onde se fazia a baldeação das pessoas e mercadorias que se destinavam da capital para o interior, ao sertão ou vice-versa. Foi, portanto, o “fa

Pequeno Histórico do Distrito de São Roque do Paraguaçu, em Maragogipe

Coordenadas: 12°51'22.04"S/ 38°50'27.90"O Povoados: Quilombo das Salaminas, Enseada do Paraguaçu. Histórico: A história de São Roque do Paraguaçu, assim como a de Capanema ou Guaí, é uma das mais antigas da região, muito mais até, que a sede do município. A presença portuguesa nessa região foi importantíssima, devido à presença de um ancoradouro natural, e nos primeiros anos de sua história, marca-se pelo conflito entre portugueses, franceses e ingleses, na busca pela exploração da madeira tintoreira, e logo após a vitória portuguesa, com a instalação de diversos engenhos de açúcar que logo perderiam espaço comercial para outras regiões da Bahia, que tinham um terreno com a qualidade necessária exigida pelo governo português e outros interesses mais. Os poucos engenhos que sobreviveram foi através das muitas lutas travadas, tanto internamente, na busca pelos melhores compradores, quanto na invasão batava, em que muitos sucumbiram e não conseguiram mais retornar às at

Pequeno Histórico do Distrito de Nagé, em Maragogipe

Coordenadas: 12°43'31.43"S/ 38°55'59.15"O Povoados : Santo Antônio de Aldeia; Encruzilhada; Brinco; Sobradinho; Tabuleiro das Navalhas; Bacalhau; Lagamar; Rio dos Paus de Baixo; Ponta de Souza; Serraria (Baixa Rica); Pinho. Histórico: A vila morena surgiu, no século XVII, em torno do porto que servia de atracadouro para os nativos e representantes de Santo Antônio de Aldeia, principal comunidade religiosa desta região naquele momento. Dois são os fatores preponderantes para que a vila criasse raiz, a sua proximidade com o rio Paraguaçu, principal via de acesso à capital do Império e, os perigos do século XVII, ou seja, as constantes guerras contra os indígenas e contra os negros fugidos que já formavam diversos quilombos e mocambos pela região. Um importante quilombo que tornou-se Terreiro, foi o do Pinho. Ele é o único de nação Jêje em Maragogipe e foi originado de um antigo quilombo, alguns dizem ser o terreiro mais antigo da Bahia, embora não existam registros par

Plano de Unidade: Roma Antiga

OBJETIVO GERAL: Reconhecer que a Civilização Romana deu suporte para o mundo atual. Para isso, devemos resgatar sua história, cultura, religião e conceitos que são utilizados até hoje. JUSTIFICATIVA: A compreensão do universo romano será um meio a mais para o entendimento da realidade atual. CONTEÚDOS E AULAS PROGRAMADAS: AULA 1 e 2 21/10 Uma breve introdução, Apresentação de alguns conceitos, necessidade de falar da temporalidade e uma breve introdução no processo de formação de Roma. AULA 3 e 4 28/10 A República Romana e as Guerras de Conquistas. AULA 5 e 6 04/11 O Império Romano – Política, Sociedade e Cultura. AULA 7 e 8 11/11 Um século de crises e a ruralização AULA 9 e 10 18/11 Divisão do Império e o Império do Oriente AULA 11 E 12 25/11 Religião Cristã x Religião Romana AULA 13 e 14 02/12 Revisão AULA 15 e 16 09/12 Avaliação Final OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Analisar sobre a Economia Romana, comparando-a com a economia do Brasil Imperial, servindo como exemplo, portanto para explicar

Exercícios de História Antiga - Grécia Clássica (Ensino Médio)

“Respeitemos mesmo as leis injustas para que os maus, tomando isso como exemplo, respeitem no futuro as leis justas, sem pretexto para desobedecê-las”. Sócrates Sabendo que grande parte dos professores buscam pelas soluções dos seus problemas na Internet, resolvi colocar alguns exercícios neste Blog. Vale ressaltar que será muito mais importante, o professor modificar os exercícios de acordo com o que foi ensinado na sala de aula. Afinal de contas, cada um sabe qual é sua realidade. Veja também: Exercícios de História Antiga: Roma (Ensino Médio) Exercícios de História Moderna: Grandes Navegações (Ensino Médio) Exercícios de História da América Portuguesa e Espanhola (Ensino Médio) Questões DE ENEM e Vestibular 1. (FUVEST-SP) “ Usamos a riqueza mais como uma oportunidade para agir que como um motivo de vanglória; entre nós não há vergonha na pobreza, mas a maior vergonha é não fazer o possível para evitá-la... olhamos o homem alheio às atividades públicas não como alguém que cuida apena

Biografia de Juarez Guerreiro, in MEMÓRIA DE MARAGOGIPE

Por Carlos Laranjeiras Não houve na história de Maragogipe – e certamente não há ainda – político mais importante do que Juarez Guerreiro. Símbolo de uma época, cujo prestígio pessoal influenciava no resultado de eleições, atraia a Maragogipe candidatos a governador, deputado federal e deputado estadual, que lhe beijavam a mão. Por causa da sua influência política, Maragogipe recebeu a visita de Régis Pacheco, medico de Vitória Conquista, eleito para o governo do estado em 1951 e de Antônio Balbino, sucessor de Regis no governo da Bahia em 1955. Balbino foi também deputado federal, senador e ministro de dois governos: Getúlio Vargas e João Goulart. Ao chegar a Maragogipe, Antônio Balbino era recebido na “ponte do navio” pela Filarmônica Terpsícore Popular e hospedava-se na casa de Juarez, no Caminho do Caijá (ou Cajá?), a qual atraia tanta gente que mais parecia igreja em dias de festas de São Bartolomeu (Caijá ou Cajá suscitaram uma boa discussão pelos jornais nos anos 60, mas quem v

Somos todos da Idade Média, por Hilário Franco Júnior

Pouca gente se dá conta, mas muitos hábitos, conceitos e objetos tão presentes no nosso dia-a-dia, inclusive o próprio idioma que falamos, vêm daquela época. Muitos professores consideram especialmente árdua a tarefa de ensinar História Medieval. A distância que separa os alunos de época tão remota, argumentam alguns, seria um dos principais obstáculos. Como despertar seu interesse por tema tão antigo? Como passar às novas gerações conceitos, idéias e fatos que, aparentemente, têm tão pouco a ver com o mundo de hoje? Mas seria bem diferente se eles mostrassem a seus discípulos que, como veremos a seguir, e embora muita gente não se dê conta, nosso próprio cotidiano está impregnado de hábitos, costumes e objetos que vêm de muito mais longe do que se pode imaginar. Ao tratarmos da História do Brasil, por exemplo, a tendência é começar no dia 22 de abril de 1500, quando Pedro Álvares Cabral e os tripulantes de sua esquadra “descobriram” nossa terra. Mas aqueles homens não traziam atrás de

A Revolução Iraniana foi uma revolução Islâmica?

Para fazer esse resumo sobre a Revolução Iraniana, trabalharemos com o décimo livro da Coleção Revoluções do Século 20 que é organizada e dirigida pela historiadora Emília Viotti da Costa. O livro intitulado Revolução Iraniana é escrito por Osvaldo Cogiolla que é graduado em História pela Universite de Paris VIII (1977) e em Economia também pela Universite de Paris VIII (1979). Atualmente é professor titular da Universidade de São Paulo (USP) e professor nos cursos de jornalismo e economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Essa coleção pretende montar um quadro amplo das revoluções contemporâneas e já conta com títulos: A Revolução Boliviana, A Revolução Salvadorenha, A Revolução Alemã, A Revolução Chinesa, A Revolução Cubana, A Revolução Guatemalteca, As Revoluções Russas e o Socialismo Soviético, A Revolução Nicaragüense e A Revolução Vietnamita. Todos os livros da coleção tem uma orientação marxista. Aborda muito bem o tema trabalhado e traz uma visão da revolução iraniana q

2 Processos Inquisitoriais com moradores de Maragogipe na Torre do Tombo

Pesquisando no Arquivo Nacional da Torre do Tombo descobri 2 Processos Inquisitoriais com moradores de Maragogipe, do século XVII e XVIII. Mesmo sem registro, deu para visualizar os documentos, mas é interessante que você se registre no site. Veja os Processos: PROCESSO 1: MANUEL LEME DA SILVA NÍVEL DE DESCRIÇÃO:  Documento composto CÓDIGO DE REFERÊNCIA:  PT/TT/TSO-IL/028/10018 DATAS DE PRODUÇÃO:  1694-12-11 a 1701-07-19 DIMENSÃO E SUPORTE:  111 fl.; papel ÂMBITO E CONTEÚDO: Idade: 30 anos Crime/Acusação: bigamia Cargos, funções, actividades: oleiro, vaqueiro Naturalidade: ilha de Porto Santo, bispado do Funchal Morada: freguesia de São Bartolomeu de Maragogipe, arcebispado da Baía de Todos-os-Santos, Brasil Pai: Bartolomeu de Cabreira Mãe: Gregória da Silva Estado civil: casado Cônjuge: Catarina de Sousa Data da prisão: 27/10/1699 Sentença: auto-de-fé de 11/08/1700. Abjuração de leve, cárcere a arbítrio dos inquisidores, instrução na fé católica, açoitado publicamente, degredo para

Museu Virtual O Santo Sepulcro, uma visitação sem sair de casa

Hoje, resolvi incrementar este blog que era somente regional, mas agora começarei a tratar de outros temas relevantes à nossa vida. Sempre quis visitar O Santo Sepulcro, mas ainda não tive a oportunidade de ir pessoalmente a Jerusalém. Pesquisando sobre museus virtuais, descobri o Museu Virtual The Holy Sepulchre , que utiliza a fotografia e faz com que o usuário se sinta dentro dos espaços selecionados, apenas com o clique do mouse. Clique na imagem para ir ao Museu Na visitação você tem informações sobre o local, em inglês (use Google Tradutor se precisar). Visite e deixe o seu comentário aqui

Festa da Irmandade da Boa Morte em Cachoeira, uma das mais importantes da Bahia

Faça dowload e conheça a história A festa da Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte, que ocorre desde 1820, época do Brasil Império, e estende-se no tempo até os dias atuais, permanece com muita tradição e fé, na cidade de Cachoeira, localizada no Recôncavo Baiano, a 116 quilômetros de Salvador. Esse ano, postaremos neste Blog, algumas informações sobre essa festa que é uma das mais importantes na Bahia. O evento acontece durante cinco dias, de 13 a 17 de agosto, e começa com a procissão das irmãs pelas ruas do município histórico, em sinal de luto pela morte de Nossa Senhora. A Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte é composta por uma confraria de 23 mulheres cujos requisitos são descender de escravos africanos e possuir mais de 50 anos de idade. Todas elas são unidas pela devoção a Nossa Senhora. De acordo com historiadores locais, a confraria surgiu quando um grupo de mulheres, ex-escravas, reuniu-se para conseguir a alforria de outros escravos da cidade de Cachoeira. A festa da

Vamos fazer farra em Porto Seguro! A possível Capital Federal no "Dia do Descobrimento"

Não sei se essa proposta é por causa da bendita "imagem construída" de que o baiano é um povo festeiro ou se é uma proposta que vai beneficiar a Porto Seguro com todo o foco e repercussão que isso irá causar com a transferência da Capital Federal à cidade baiana ou se é pura e simplesmente simbologia e história. O certo é que muita gente irá ganhar, financeiramente se a Câmara dos Deputados e todos mais aprovarem o Projeto de Lei 1554/11, do deputado Jânio Natal (PRP-BA), que prevê que a sede do governo federal será transferida, apenas no dia 22 de abril, para a cidade de Porto Seguro, na Bahia e que tem como objetivo simbolólico, a homenagem a cidade onde “ aportaram as naus portuguesas comandadas por Pedro Álvares Cabral ”.  O dia 22 de abril é atualmente, uma data comemorativa que marca o Dia do Descobrimento do Brasil, aliás um descobrimento que nunca existiu pois a coroa portuguesa já sabia da existência das nossas terras bem antes dessa bendita data, fato que pode ser e

O Caboclo pergunta: "Onde está minha Cabocla?" Dizem que está em São Félix, será verdade?

O Caboclo da Dois de Julho Ah! Como eu gosto de fazer meus conterrâneos mostrarem realmente a verdade que nunca quer ser dita e que permanece omitida por órgãos de imprensa e por grandes historiadores acadêmicos de plantão. Eu não consigo deixar de acreditar que um dia todos esses discursos irão mudar e outros surgirão na busca de novas soluções. O dois de Julho é um data importantíssima para a Bahia e para o Brasil, apesar deste último não reconhecê-lo devido o fato de ter ocorrido primeiro no Nordeste e não no Sudeste. Se não fosse por nós, nordestinos arretados de plantão, a independência poderia demorar um pouco mais, mas como não gostamos de ficar submissos à uma realidade nua e crua, falamos e resistimos, lutamos e reivindicamos nossos direitos. Portanto, é de arrepiar, saber que  pouca gente sabe que a Cabocla Sanfelista é Maragogipana, e está lá já faz um bom tempo, quase uns trinta anos. Segundo me consta, foi no governo de Plínio Guedes que o empréstimo foi efetuado e de lá