Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de janeiro, 2013

Da Associação Atlética Maragogipana à Fundação Vovó do Mangue (1954 a 2013)

Por Zevaldo Sousa A Associação Atlética Maragojipana foi fundada em 16 de março de 1952 e, como toda instituição teve ótimos administradores, mas no final da década de 90 entrou no período de crise profunda, tendo seu fim decretado, todavia teve um recomeço. Neste texto, procuraremos retratar um pouco da Associação Atlética, pois a história-problema se preocupa e muito com detalhes que intrigam a sociedade e que continua ligada, mesmo que sentimentalmente, a determinado órgão ou instituição que pertenceu. Atualmente, o antigo prédio da Associação Atlética Maragogipana que estava caindo aos pedaços, e foi restaurado (fotos abaixo) no início do século XXI, estando sob responsabilidade de um grupo de maragogipanos que se organizaram em torno da Fundação Vovó do Mangue, e que apesar de ter preservado o nome da antiga instituição durante quase todo período, no final de abril de 2010 a mudança na fachada do prédio colocando o nome da Fundação causou novo debate. A sociedade prontamente reagi

E-Book: Projeto de Laboratório de História e Memória Local no ensino médio e fundamental

“ Papai, então me explica para que serve a história. ” Foi com essa frase que Marc Bloch introduziu seu livro póstumo “ Apologia da História ou o Ofício do Historiador ”, e é com ela que gostaria de fazer um convite à todos os professores do ensino fundamental e médio, para que possam, saber falar, no mesmo tom, aos doutores e aos estudantes. Clique AQUI para baixar o livro ou na imagem Sabemos muito bem que é na infância que começamos a nos instigar sobre tudo aquilo que nos cerca. Então, por que subestimamos esses pequenos seres? Por quê não satisfazemos às suas ânsias e necessidades básicas, alimentando-os com o saber, criando neles as competências necessárias, de acordo com suas habilidades individuais e coletivas? Por quê não nos esforçamos no empenho da construção metodológica, que criará nesses estudantes, às condições necessárias para que o mesmo torne-se um adulto autônomo, capaz de julgar e tomar decisões, colocando-se como sujeito do próprio processo histórico? E por fim, p

Censo de 1872 revela dados da população em Maragogipe e paróquias

Mapa de Maragogipe extraído do Mapa da Bahia disponível no site Ter uma ideia histórica saindo do senso comum, de como era a vida nas cidades do interior é um pouco difícil, principalmente, para aqueles que não estão preocupados com o passado, nem muito menos, em possíveis respostas para indagações do presente. A vida de aparências é muito disponível nos dias atuais, mas no passado, não tínhamos como negar nossas origens. Se a pessoa tinha a cor parda ou negra, poderia ou não ser tratada como escrava, apesar de na sua maioria, ser tratada desta forma indigna. A pele branca definia quem mandava em quem no Brasil Colônia e Imperial, e em Maragogipe, no Recôncavo da Bahia, não era diferente. Segundo dados do Censo de 1872, único no Brasil a registrar população escrava, que está disponível na internet, através do site " Núcleo de Pesquisa em História Econômica e Demográfia " (UFMG), Maragogipe contava com quatro paróquias, sendo elas: São Bartholomeo de Maragogipe, São Fellipe de

Mapas Históricos de Maragogipe na Biblioteca Digital Mundial da UNESCO

Encontrar mapas históricos sobre a região do recôncavo da Bahia é um pouco difícil, mas dedicação e muita paciência pode resolver nosso problema. Pesquisando na net, me deparei com uma Biblioteca Digital Mundial  que disponibiliza diversos mapas históricos, além de outros tipos de publicações, como: livros, manuscritos, registros fonográficos, etc... Esta Biblioteca tem o apoio e colaboração das Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura (UNESCO). É, sem sombras de dúvidas um acervo interessantíssimo, principalmente, com relação a mapas e imagens do nosso interesse. Nele podemos encontrar alguns dos mapas do Brasil como: A Baía de Todos os Santos; (Nosso interesse maior) Região compreendida entre o rio Amazonas e São Paulo; Fortaleza do Brum em Pernambuco; Carta do Império do Brasil; Guiana, ou, o Reino do Amazonas; O Maranhão ou Rio Amazonas com a Missão da Companhia de Jesus Mapa da Batalha de Catalão: Datado de 4 Janeiro de 1817; Mapa da Baía de Todos os Sant

Prefeitos de Maragogipe, do final do Império à Atualidade

Durante os períodos de Colônia e Império, aos presidentes da Câmaras de Vereadores atribuíam se-lhes as disposições executivas. O plenário votava a matéria e o presidente executava a proposição aprovada. Dos presidentes da Câmara de Vereadores de Maragogipe, os que exerceram por mais vezes o cargo, foram o Pe. Inácio Aniceto de Sousa e Antônio Filipe de Melo. O primeiro, no meado do século XIX, eleito deputado à Assembléia Provincial, renunciou ao mandato, porque optou pelo de Vereador à Câmara de Maragogipe, e se elegeu presidente desta. Como Presidentes do Conselho Municipal Manuel Pereira Guedes      (1871 - 1874) Artur Rodrigues Seixas       (1875 - 1878) Antonio Filipe de Melo      (1879 - 1882) Dr. João Câncio de Alcântara (1883 - 1886) Silvano da Costa Pestana   (1887-1890) Com a República, cindiu-se o poder, adotando a corporação o nome de Conselho, e o executivo o de Intendente. Com este nome, em Maragogipe, ocuparam o poder executivo, em ordem cronológica: Com Intendentes Eng

Presidentes da Câmara de Maragogipe (1947 à atualidade)

A Casa de Câmara e Cadeia abriga, atualmente, a Câmara Municipal de Maragogipe, mas desde sua edificação, em 1727, muitas instituições passaram por suas salas e dependências. Neste prédio histórico funcionaram todos os poderes da municipalidade como o Executivo, o Judiciário e o Legislativo, assim como diversas repartições públicas como a Tesouraria, a Contadoria, a Almotaçaria, a Coletoria, a Fiscalização, a Delegacia de Polícia e a Cadeia Pública, a Força Policial, a Estatística, o IBGE, e outros. Neste prédio histórico, ilustres visitantes tocaram em suas paredes, como o Imperador Dom Pedro II, em 1859, e dentro de suas grades, o General Francês Labatut ficou preso alguns dias na Guerra de Independência da Bahia. Diversos presidentes de Câmara passaram por ela, mas neste momento, ainda não temos o nomes de todos. Por um bom período a Câmara Municipal de Maragogipe e seus vereadores detinham, em suas mãos, um poder diferencial na cidade, todavia, atualmente a Casa Legislativa perde s

Nota de pesar: Professor Ubiratan Castro de Araújo

O Blog Ecos da História lamenta profundamente o falecimento do Professor Doutor Ubiratan Castro de Araújo, ocorrido no dia 03 de janeiro de 2013. Sempre participativo, veio diversas vezes a Maragogipe contar um pouco da História dos Africanos, dos Afro-brasileiros e da História de Maragogipe, do Recôncavo e da Bahia. Era, indiscutivelmente, um mestre que parava multidões. Breve Biografia Nascido em Salvador, em 22 de dezembro de 1948, Professor Doutor Ubiratan Castro de Araújo exercia, desde 2007, o cargo de diretor-geral da Fundação Pedro Calmon, unidade da Secretaria de Cultura do Governo da Bahia. Doutor em História pela Université Paris IV-Sorbonne, Mestre em História pela Université Paris X-Nanterre, Licenciado em história pela Universidade Católica do Salvador e Bacharel em Direito pela Universidade Federal da Bahia. Membro da Academia de Letras da Bahia, ocupava a cadeira 33, cujo patrono é o poeta abolicionista Castro Alves. Era professor da Faculdade de Filosofia e Ciências Hu

Zé Trindade em: "Quadrilha dos Políticos", lembra de São João e das eleições

Rir é bom demais, e este Blog acha muito justo trazer leitores deste centro de cultura e aos maragogipanos clássicos para a nossa população. Há diversos momentos nas nossas vidas que necessitamos, principalmente, de viver bons momentos. Assistir filmes interessantes e na história desta cidade, houve um carinha especial que Maragogipe não pode esquecer , o nome dele é Zé Trindade que interpretou diversos clássicos, incluindo este Clássico do Rádio brasileiro. "Quadrilha dos Políticos". Confira vídeo.

Zé Trindade - Um maragogipano que Maragogipe não pode esquecer

Cena do Filme "Entrei de Gaiato" O maragogipano Zé Trindade, até hoje é muito conhecido em todo o país pela grande popularidade nas décadas de 50 e 60 por sua participação em 36 chanchadas, que o marcaram como o primeiro personagem assumidamente mulherengo do cinema nacional, autor de piadas ingênuas que fizeram rir as platéias brasileiras de norte a sul. Filho de um boêmio deserdado pela família (casou-se com uma menina de treze anos), durante a infância Trindade passou fome em Salvador. Aos nove anos, teve publicado seu primeiro poema pelo jornal A Tarde, na Bahia. Para ajudar a mãe, arranjou emprego no Hotel Meridional, em Salvador, como boy e ascensorista. Dessa maneira, travou relações com intelectuais da época, ainda desconhecidos do grande público, como Dorival Caymmi e Jorge Amado. Acabou tendo um poema musicado por Antonio Maltez (parceiro de Caimmy) e com essa música ingressou na vida artística para nunca mais sair. Contando piadas e fazendo trovas, ganhou um progra