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Balanço dos Jornais Impressos que circularam por Maragogipe

Olá! Hoje, nós iremos contar um pouco dos jornais impressos que circularam por essa bela cidade e foram muitos, incontáveis, mas que de acordo com o levantamento de dados dos irmãos Osvaldo Sá e Fernando Sá poderemos colocar um pouco desta questão neste portal. Falaremos um pouco de jornais, semanários, panfletos e folhetins e seus criadores que transformaram a vida de muitas pessoas e que influenciaram bastante na sociedade maragogipana.

Utilizaremos dois livros como base para essa pesquisa. "Histórias Menores", escrito por Osvaldo Sá e "Maragogipe no Tempo e no Espaço", escrito por Fernando Sá, além de outros jornais e panfletos que encontramos e que não foram citados pelos dois.

Jornal Redenção circulou de 1930 a 1938

PERÍODO IMPERIAL
Segundo Osvaldo Sá, foi aproximadamente em 1860 que o primeiro semanário apareceu em Maragogipe, intitulado "O Maragogipano (1860)", sendo impresso na Tipografia Gama, em Salvador. Esse semanário foi dirigido por Anselmo Costa de Albuquerque e Severiano José Moreira, que também foi Advogado e Vereador de Maragogipe, todavia o jornal não durará muito tempo, aproximadamente 1 ano. Em agosto de 1861 encerraria suas atividades dando a oportunidade e experiência para que muitos outros pudessem aparecer, como o "Espelho das Belas (1861)", "A Trombeta (1861)". O Severiano José Moreira pode até ser considerado como o primeiro homem a divulgar os acontecimentos desta querida terra.

Mas, cabe-nos reportar que o maragogipano Antonio Pereira Rebouças foi redator de um jornal na Capital do Estado da Bahia. "O Constitucional", jornal que circulou até a edição de número 58, devido a mandos e desmandos de um oficial lusitano chamado Vitorino Serrão, o ruivo, também acusado de comandar a invasão do Convento da Lapa, foi este mesmo oficial, mandou destruir a oficina do jornal em que Antônio Pereira Rebouças era redator.

No século XIX, aproximadamente na década de 80, vários jornais apareceriam, muitos iriam aparecer e desaparecer com um simples piscar de olhos como o "O Noticiador (1978)", mas outros iriam causar reboliço e alastrar seus pensamentos pela cidade, será em janeiro de 1879 que surgirá o jornal "A Situação (1879 - 1884)" prosseguindo suas atividades até idos de 1884, serão cinco anos de notícias e informações, e segundo Osvaldo Sá "Talvez o melhor dos que circularam aqui no século XIX" (SÁ, Osvaldo; 28; 1983). O seu proprietário era o bacharel Arsênio Rodrigues Seixas, que seguia um linha editorial que falava, principalmente, sobre política, notícias, este jornal apoiava o Partido Liberal.

Co-existindo com o jornal "A Situação", estava o jornal "O Lábaro (1880-1884)", que surgirá um ano depois, tendo como proprietário Anselmo Costa de Albuquerque, mesmo redator de "O Maragogipano", além do "O Guanabi (1881)", e "O Democrata (1882 - 1893)", que fora gerenciado por Antonio Mendes de Araújo e dirigido por Crescenciano de Melo e Albuquerque, criado no início de fevereiro de 1882, sendo impresso em Tipografia à rua do Fogo, posteriormente sendo impresso na rua Nova Comércio, suas atividades se encerraram no ano de 1893, sendo 11 longos anos de existência.

Quando cito estes números, referentes aos anos de existência, é porque muito difícil era conseguir esse feito, principalmente, em uma cidade interiorana, que havia poucas pessoas que sabiam ler e escrever, além de ter um comércio não muito atrativo. Outro jornal surgiria nesta mesma década, o "Echo Maragojipano (1882 - 1889)", que fora fundado em 6 de julho de 1882, tendo como diretor e redator, o capitão Francisco Antonio de Almeida e Araújo, utilizando o imóvel da rua Santa Ana, nº 02, como redação, encerrará suas atividades antes de findar a década, em 1889, durando apenas 7 anos de existência. Mas, esta década foi recheada e transformativa para o maragogipano.

Em 1882 ainda foram criados mais dois jornais. "O Colibri (1882)" e "A Magnolia (1882)" dirigido por Veridiano Amazonas. Entrementes ainda surgiram "Pirilampo (1887)", dirigido por Antônio Barbosa dos Santos.


PERÍODO REPUBLICANO
Com o advento da República, novos ares pontuaram no município de Maragogipe e a febre do novo evento fez surgir dezenas de jornais de curta duração, como o jornal "Nova Era (1889)", sob a direção de Manuel Vila Nova; "Bocêta de Pandora (1890)"; "A Lebre (1890)"; "O Jacaré (1891)"; "Jaburu (1891)"; "Interesse Público (1891)", dirigido por Getúlio de Góis Tourinho e o "Constitucional (1895)", sob a direção de Aurelino José Pereira. Muitos destes tiveram vida efêmera, mas deixaram sua contribuição na História de Maragogipe e na História da Imprensa local.


Em 1897, procurando difundir a doutrina Católica, foi criado o jornal “O Novo Século (1897)”, propriedade de Luís Eutrópio de Morais, redigido pelo então vigário Manuel Antonio de Oliveira Lopes, com a colaboração do Dr. Francisco de Macedo Costa. Era a sua redação à rua São Bartolomeu, n 07. Neste mesmo ano ainda surgiram “A Moréia (1897)” sob direção de Tarcisio de Souza e a “A Rosa (1897)”,

Segundo Osvaldo Sá, os anos que se seguiram apareceram jornaizinhos recreativos e de vida efêmera como o jornal "A Época (1899)" dirigido por Licínio Alves Nobre, inaugurado em 17 de março; “O Lírio (1899)" sob propriedade de Firmino Peixoto; "A Panela (1900)" sob direção de Manuel Dias Castro e o jornal "A Gazetinha (1900)".

O início do século XX também será recheado de novidades e nele, encontramos fontes históricas em “O Riso (1901)” dirigido por Tarcísio de Souza e o “A Tarde”. Em 23 de julho de 1901, apareceu o “Maragogipe (1901)”, político, noticioso e comercial, publicava em seu cabeçalho. Era impresso à rua Visconde de Macaé, n 41, e era dirigido por Domingos Alves de Sousa.

Decorridos alguns anos, surgiram minúsculos periódicos, literários, recreativos, noticiosos, como “Democrata (1902)”, dirigido por Jerônimo do Campo; “A Harpa (1902)” sob direção de Argeu Ribeiro e Leonardo Carvalho, “A Brisa (1904)” sob direção de Rozendo Júnior, Gustavo Jacques e José Camilo Santiago; “O Óculo (1904)”; “O Xadrez (1904)” sob direção de Antônio M. Vieira.

De 27 de maio de 1904 a novembro de 1918, chegando a anunciar fatos da Primeira Guerra, circulou o semanário “O Gladiador (1904 - 1918)”, propriedade de Cornélio Florentino de Sousa, sendo um de seus redatores Bartolomeu Ribeiro. O jornal “A Vanguarda (1908 - 1911)”, sob a gerência de Tarcisio de Sousa, com os redatores João de Santana, Leonardo Borges e Bartolomeu Ribeiro.

Ainda nesse meio tempo, surgiram várias pequeninas folhas, humorísticas, literárias, noticiosas como o jornal "A Falena", "O Semeador", "A propaganda" com datação desconhecida e o jornal "A Lira", dirigido por Antônio Gracílio; "O Lírio (1907)" sob direção de Gustavo Jacques, considerado por Osvaldo Sá como um dos nossos melhores poetas maragogipanos; "A Pérola (1908)", sob direção de João Alves Pinto e "O Solteiro (1908)"

"A Cidade de Maragogipe (1910 - 1913 e em 1917)", sob a direção de Ermezindo Mendes; "Lutador (1917)", de Rosendo Correia do Carmo e Ermezindo Mendes; "O Farol (1918)" sob direção de Bartolomeu Queiroz; o semanário "O Imparcial (1919)", onde escreviam Gustavo Jacques e os acadêmicos José Carlos Pereira de Sousa, que acabou dirigindo jornais importantes na cidade de São Paulo, e Permínio Pimentel.

A década de 20 é fantástica no surgimento de diversos jornais. A exemplo temos o jornal “O Prélio (1920)”, propriedade de Alexandre Alves Peixoto, dirigido por Verdival Pitanga, e como redatores Ermezindo Mendes, Getúlio de Góis Tourinho, sob a assessoria de Leonel Tourinho, passou em seguida a ser redigido por Fernando dos Santos Sá e, ultimamente, por João Varela.

Durante este período do entreguerras, uma época também de grandes mudanças no Brasil. Em Maragogipe chegaremos a ter, em 1926, um redator de jornal intendente de Maragogipe. Estamos falando de Getúlio de Góis Tourinho. Neste mesmo ano temos a Revista "A Esfinge (1926)" sob a direção de José Teixeira Lobão, e um ano depois teremos um quinzenário chamado de "A Pétala (1927)" sob a direção de Antônio Bispo e a redação de Osvaldo Sá seguiu de 15 de novembro de 1927 a 21 de abril de 1929.

João Varela também redigiu o jornal "A Imprensa (1928 - 1929)"; Sob a direção de Firmino Correia de Araujo Peixoto circulou o periódico de acentuada feição política "Soberania Popular (1923 - 1930)". Nessa fase, de distribuição gratuita, Mário Peixoto editava "O Ideal", órgão de propaganda de sua casa comercial. Na década de 20, surgiram também os recreativos, humorísticos, literários, como "O Autonomista (1928)" dirigido por Antônio Ribeiro Falcão, "O Democrata (1928)" de Fernando dos Santos Sá; o jornal "A la Garçonne", de J. Teixeira Lobão e, deste, também "A Noite", de parceria com Antídio Carvalho e Álvaro Brito, além de "O Esporte", "A Vitrola", "A Mosca", "O Satélite", "O Mosquito", "O Trombone" jornais sem datação, somente com as memórias de Osvaldo Sá e Fernando Sá.

DA REVOLUÇÃO DE 30 AO FIM ESTADO NOVO EM 1945
Com a revolução de trinta, tudo indica que assim como os diversos municípios da Bahia e do Brasil, Maragogipe passou por momentos difíceis com a liberdade de imprensa e expressão. Os Departamentos de Imprensa do Governo regulamentavam tudo e as denúncias eram apuradas com rigor.


Segundo o artigo "Reminiscências do Integralismo em Maragogipe", escrito por Zevaldo Sousa, haverá entre os jornais "Redenção (27 de novembro 1930 - 1938)" e o jornal integralista "A Faúla (1935 - 1936)" uma relação de extremo atrito. Tudo porque o jornal "Redenção", que era impresso na Tipografia Peixoto,  dirigido por Ermezindo Mendes, que pouco depois transferiu a direção para Bartolomeu Queirós, tinha diversos redatores e financiadores que eram membros do PSD (Partido Social Democrático), grupo politico-partidário criado por Juracy Magalhães que era interventor do Governo Vargas na Bahia e controlava grande parte das cidades baianas. O jornal fazia clara propaganda do governo federal, estadual, e municipal na época em que os interventores de Maragogipe eram nomeados ou escolhidos em assembleia. O periódico "A Faúla" pertencia ao órgão da AIB (Ação Integralista Brasileira) e era dirigido pelo chefe do partido Nestor Fernandes Távora. O núcleo iniciou as atividades em Maragogipe no ano de 1934, inaugurando o periódico em 1935, sendo a primeira cidade do Recôncavo Baiano a ter uma sede própria do partido, que estava localizada na rua Geny de Moraes, no Casarão da Rua Nova (atual prédio do Centro Educacional "Simões Filho") e finalizou suas atividades em 1936, período que o partido é instinto na cidade por ordem de Juracy Magalhães, até então, interventor do Estado da Bahia. Nestor Fernandes Távora foi vereador de Maragogipe, professor de uma escola de primeiras letras, presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Fumo e Classes Anexas de Maragogipe e redator do jornal.


Neste período também tivemos "O Eco (1931)", de Antídio Carvalho e José Pereira de Borba; o "Jornal do Povo (1932)", de João Eliseu de Queirós; "A Alvorada (1938)" que tinha como redatores Hermes Pinheiro e Edistio Dias Rebouças; "O Rebate (1938)" dirigido por Bartolomeu de Brito Souza.

O semanário "Tribuna Popular (1939 - 1945)" teve como diretor-proprietário Hybernon Guerreiro e como redatores: Dr. Odilardo Uzêda Rodrigues, Lourival Vivas, Dr. George Oliver e Heráclio Guerreiro. Em 1942, o Dr. Odilardo Uzêda Rodrigues assume a direção do Tribuna Popular e neste período ele será acusado de ser quintacolunista, no artigo "Reminiscências do Integralismo em Maragogipe", Zevaldo Sousa irá falar sobre as cartas enviadas ao Exército, a Delegacia, ao Secretário de Segurança do Estado, confirmando que o acusado não era quintacolunista e que o mesmo havia se desfiliado do Partido Integralista em 1937. Dr. Odilardo Uzêda Rodrigues continuará escrevendo seus textos no "Tribuna Popular" até 1945.

Ainda neste período temos "O Estado Novo" de propriedade de Corbiniano Rocha, direção de Bartolomeu Brito e redação de Miguel Grisi; "O Pro-Pátria", "O Asteróide" três jornais sem datação especificada nas fontes encontradas; O jornal "O Grito (1943)" sob direção de José Pereira de Borba, "Autonomista (1943)", de Antônio Ribeiro Falcão; "Luzeiro (1944 - 1946)" órgão católico, sob a direção do Pe. Florisvaldo José de Sousa; "O Eclético (1945)" sob direção de Cassiano Queiroz; "A Bússola (1945)", de Cid Seixas Fraga;

REDEMOCRATIZAÇÃO E DITADURA MILITAR
A partir de 1946, ainda sob o comando dos interventores em Maragogipe, período este que findará com a eleição de Juarez Bartolomeu Guerreiro, primeiro prefeito eleito de Maragogipe, em 1947, teremos "A Crítica (1946)" de Hermes Pinheiro; "O Lutador (1946)" de Isodoro Manuel do Carmo, todos esses de vida efêmera e com pequenas edições.

É justo que se ressalte o valor de “Arquivo (27 de maio de 1951 - novembro de 1976)” semanário dirigido por Bartolomeu Americano Gonçalves dos Santos que circulou por Maragogipe e conseguiu apreciável aceitação do povo, em face da segurança de seus conceitos e correção do noticiário. Este foi sem sombras de dúvidas o jornal que mais tempo perdurou por esta cidade com 25 longos anos de história, atravessando metade do período ditatorial.

O “Tribuna do Povo (1961)”, mensário político, literário e noticioso, sob a direção de Fernando dos Santos Sá entrou e saiu de circulação diversas vezes. Em 1981 voltou a circular e novamente paralisou os seus serviços em 1988, segundo Fernando Sá, devido ao fato dos altos preços exigidos pelas gráficas. Voltou a circular em 1994.

Osvaldo Sá ainda cita o reaparecimento de “O Rebate” dirigido por José Ribeiro que, segundo Osvaldo Sá, foi recriado mais ou menos três meses antes da eleição, não determinando o ano, e na defesa do candidato derrotado, caiu junto com o mesmo. Além de dois periódicos mimeografados "O Arauto (década de 90)" sob direção de Geraldo Dias e "Tribuna" sob direção de Luís Carlos Andrade.

Como em Maragogipe não tinha mais nenhum periódico ou informativo, e com o advento das novas tecnologias como a internet e as redes sociais, surge em dezembro de 2007 o Blog do Zevaldo Sousa que começará a informar as notícias de Maragogipe através do mundo virtual. Em em 7 de março de 2010 surgirá o Portal Maragojipe 24 Horas, dos amigos Vitor e Gabriel Souza, assim como o Portal Maragojipe, do amigo Jorge Dias e o Maragojipe Acontece, do amigo Arthur Lameira. Estes dois últimos portais deixaram de existir até o presente momento, mas nada impede deles retornarem.

O último jornal a circular em Maragogipe foi o "Tribuna Popular (2010 - 2011)" inaugurado no dia 8 de maio de 2010, no dia do 160º aniversário da cidade de Maragogipe, voltando as suas atividades com uma nova roupagem, mas com o mesmo vigor que sempre teve, na divulgação das notícias que por esta terra tinha passagem e que pelo mundo afora era veiculada nos meios de comunicação existentes naquela época. Seus fundadores foram Zevaldo Sousa como presidente, Juraci Rebouças como vice-presidente e demais membros eram Álvaro Nobre, Uellington Pinto, Lázaro Luiz, Messias Assis, Joilson Santana e Luiz Thiago. Um grupo que privou pela juventude e pela garra que habita em cada ser dos quatro pontos do município e estava integrado com o mundo, tendo um conjunto de parceiros, tanto no mundo virtual, quanto de caráter pessoal.

Com o fechamento do jornal "Tribuna Popular", surgirá o Blog do Juraci Rebouças, o Blog do Enádio Careca, e Portal São Roque Online de Cavalcanti Junior e outros.

BIBLIOGRAFIA
SÁ, Fernando; in "Maragojipe no Tempo e no Espaço"; 2000
SÁ, Osvaldo; in "Histórias Menores", vol III
SOUSA, Zevaldo Luiz Rodrigues de; in "Reminiscências do Integralismo em Maragogipe", 2009

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