Fabiano Villaça questiona o conceito de Gazeta e Jornal no século XVIII ao falar sobre o livro "A Gazeta do Rio de Janeiro (1808 - 1822) cultura e sociedade": Seria Gazeta um jornal? À primeira vista se poderia pensar que sim. Mas, recolocando as palavras em seu contexto histórico, constata-se que a primeira, típica do século XVIII, tinha a função de divulgar notícias e avisos, sem qualquer opinião do redator, enquanto o jornal se prestava à publicação de matérias literárias ou científicas, por exemplo.
Nesta ideia, temos importantes documentos, ou melhor, atas da Câmara da Vila de São Bartolomeu de Maragogipe encontradas entre estas preciosidades, visto que a Gazeta do Rio de Janeiro divulgou notícias e avisos importantes para a manutenção do império na figura do imperador, tornou-se o meio de comunicação oficial do imperador. Uma pequena parte da história de Maragogipe foi preservada por este jornal e neste momento citaremos dois links importantíssimos para futuros pesquisadores da História Local.
A Biblioteca Nacional, criou um espaço muito interessante em que o pesquisador pode, no conforto da sua casa e longe dos germes e da poeira, examinar edições da "Gazeta do Rio de Janeiro (1808 - 1822)". Para conhecer o espaço clique AQUI, ou na imagem abaixo.
Você poderá ficar a vontade e baixar para o seu computador jornais e fazer sua coleção. Todavia, neste momento, para nós só interessa dois exemplares. Não nos debruçamos sobre os documentos, nem muito menos visualizamos todos. Quero apenas colocar dois exemplares em questão, pois se referem às Guerras e Independência que ocorreram em diversas partes do Brasil e da Bahia, e neste caso, serão duas atas da Câmara de Vereadores de Maragogipe.
A primeira ata está na edição de número 108 e foi publicada num sábado, 07 de setembro de 1822, dia da Independência do Brasil. Nela a Câmara de Maragogipe, em ata assinada por 92 pessoas, no dia 26 de junho de 1822, afirmou por unanimidade que no Brasil deveria haver somente um único centro de poder e figurava na pessoa do príncipe regente D. Pedro I, exigiu o fim das hostilidades das tropas portuguesas e fez algumas reivindicações futuras. Fizemos até uma postagem especial neste blog intitulada "Dia 26 de junho, Maragogipe aclama D. Pedro único representante e exige fim das hostilidades portuguesas".
Na edição de número 109, publicada na terça-feira, dia 10 de setembro de 1822, foi registrada duas atas no dia 29 de junho de 1822. A primeira teve como objetivo aclamar S.A.R. Dom Pedro Regente e Perpetuo Defensor e Protetor do Brasil, nos mesmos moldes da aclamação no Rio de Janeiro e abrindo ofício para Junta Conciliatória da Câmara de Cachoeira; e a segunda ata teve como objetivo criar um Junta Conciliatória de Defesa.
Esperamos ter contribuído com a sua pesquisa. Abraços
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