Pular para o conteúdo principal

SIFUPREMA lança manifesto contra o assédio moral e perseguições na Prefeitura de Maragogipe

Por Zevaldo Sousa

Segundo sindicalistas de todo o país, a Greve Geral do dia 28 de abril continuou no dia 01 de maio e neste Dia dos Trabalhadores, o SIFUPREMA - Sindicato dos Funcionários da Prefeitura de Maragogipe - lançou um manifesto contra o assédio moral, as perseguições, as discriminações e os preconceitos que estão acontecendo no serviço público em Maragogipe.

Foto: Juraci Rebouças

É lastimável que tal situação continue acontecendo em Maragogipe. O SIFUPREMA vem denunciando este tipo de situação em diversas manifestações e inclusive, há diversas ações na justiça, na tentativa de resolução destes problemas que marcam a História Recente do Servidor Público maragogipano.

O manifesto não somente crítica o ato como traz consigo uma série de possíveis soluções que necessita de abertura da atual gestão para negociação. E mais, é preciso também que vereadores [sejam eles de oposição e situação] esteja atentos a tal documento, e dispostos a debater cada item. Este fato não pode se passar incólume pela Câmara de Vereadores de Maragogipe.

Leia o manifesto na íntegra:

MANIFESTO CONTRA O ASSÉDIO MORAL, PERSEGUIÇÕES, DISCRIMINAÇÕES E PRECONCEITOS NO SERVIÇO PÚBLICO EM MARAGOGIPE.

16 DE MARÇO DE 2017 - ASSEMBLEIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DE MARAGOGIPE.


Nós, abaixo-assinados, Servidores Públicos Municipais de Maragogipe, Familiares e Cidadãos maragogipanos, vimos, por meio desta, manifestar a indignação e repudio a toda e qualquer forma de assédio, discriminação, perseguição, preconceito e quaisquer situações de constrangimento e ataque à liberdade de pensamento e de produção intelectual no serviço público deste município.
A violência praticada contra servidores públicos é hoje uma realidade nas relações de trabalho, atinge homens e mulheres, tanto na iniciativa privada como no serviço público, de todos os níveis e categorias. Não bastassem os problemas relacionados às mudanças no mercado de trabalho, reflexo da globalização – que levou à precarização das relações trabalhistas e redução de direitos –, das inovações tecnológicas e das crises econômicas e sociais, os trabalhadores passaram a conviver com mais um inimigo no dia a dia de suas atividades profissionais: o assédio moral no ambiente do trabalho.
A violência psicológica e a humilhação são práticas que passaram a ser adotadas de formas variadas no cotidiano. Uma tortura marcada pelo abuso de poder e a manipulação perversa. Seu poder de destruição, afirmam estudiosos do tema, vai além da sua prática, levando à degradação das condições de trabalho, com efeitos nocivos à dignidade, às relações afetivas e sociais e à saúde física e mental do trabalhador(a), além de prejuízos para empresas e órgãos públicos.
Segundo estudiosos do assunto, o setor público é um dos ambientes de trabalho onde o assédio moral mais prolifera. “A forma de gestão e relações humanas favorecem a prática nociva e as repartições tendem a ser locais marcados por situações agressivas, muitas vezes por falta de preparo de chefes imediatos ou por perseguição política. A humilhação repetitiva e prolongada tornou-se prática quase que considerada natural no interior das repartições públicas, onde predomina o menosprezo e indiferença pelo sofrimento dos servidores”.
O trabalho que queremos:O trabalho que queremos assegura dentre o conjunto de direitos, a atenção à saúde, integridade física e mental do/a trabalhador/a, através das políticas públicas no campo da saúde e segurança no trabalho;
O trabalho que queremos implementa Política Permanente de Prevenção e Combate ao Assédio Moral na Administração Pública Municipal na Prefeitura Municipal de Maragogipe, com foco na prevenção e combate ao assédio moral no trabalho, através do funcionamento de comissões de prevenção e combate ao assédio moral;
O trabalho que queremos compreende a construção de ambientes e processos de trabalho saudáveis e com a criação e funcionamento das Comissões de Saúde do Trabalhador nos serviços públicos, destacando a exigência de que o serviço público passe a emitir a Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT;
O trabalho no Serviço Público Municipal que queremos assegura aos/as Trabalhadores/as a dignidade, respeito, equidade de gênero, valorização salarial, ascensão profissional, dimensão social e democracia nas relações de trabalho;
O trabalho que queremos é democrático e funciona a Mesa de Negociação Permanente, com participação efetiva de representantes do Governo Municipal e entidades representativas dos servidores públicos municipais, sendo um espaço de discussão da implantação de políticas governamentais efetivas de valorização do servidor e garantia da dignidade e respeito nas relações de trabalho, estando dentro dessa temática o desenvolvimento de um projeto de combate ao assédio moral na administração pública municipal;
O trabalho que queremos promove, protege e recupera a saúde dos/as trabalhadores/as por meio de ações de promoção, vigilância e assistência, para além dos fatores de risco ocupacionais tradicionais. Fonte: SIFUPREMA

A reprodução é autorizada desde que contenha a assinatura "Blog do Zevaldo Sousa - BR4S1L" 

Comentários

Top 5 da Semana

Fotos antigas de São Félix, no Recôncavo da Bahia

Desde as primeiras décadas de sua existência a fotografia já mostrava o seu imenso potencial de uso. A produção fotográfica de unidades avulsas, de álbuns ou de coletâneas impressas abrangia um espectro ilimitado de atividades, especialmente urbanas, e que davam a medida da capacidade da fotografia em documentar eventos de natureza social ou individual, em instrumentalizar as áreas científicas, carentes de meios de acesso a fenômenos fora do alcance direto dos sentidos, as áreas administrativas, ávidas por otimizar funções organizativas e coercitivas, ou ainda em possibilitar a reprodução e divulgação maciça de qualquer tipologia de objetos. (leia mais em Fotografia e História: ensaio bibliográfico ) Neste sentido, a disponibilização de imagens fotográficas para o público leitor deste blog, é uma máxima que nós desejamos, pois a imagem revela muitos segredos.  Para ver mais fotografias: VISITE NOSSA PÁGINA NO FACEBOOK Enchente em São Félix - cedido por Fabrício Gentil Navio da...

O Terreiro Ilê Axé Alabaxé,– “"A Casa que Põe e Dispõe de Tudo"

É com muito pesar que noticiamos o falecimento do Babalorixá Edinho de Oxóssi, será muito justo neste momento, republicarmos a história do Terreiro lIê Axé Alabaxé,– “"A Casa que Põe e Dispõe de Tudo", um local com que o nosso babalorixá tem suas intimidades reveladas. Sabendo que seria do agrado de muitos maragogipanos que desejam conhecer a nossa história, resolvi publicar esse texto e uma entrevista concedida pelo Babalorixá Edinho de Oxóssi encontrada no site ( http://alabaxe.xpg.uol.com.br/ ) Oxóssi O Terreiro lIê Axé Alabaxé,– “"A Casa que Põe e Dispõe de Tudo"   A cada ano, após a colheita, o rei de Ijexá saudava a abundancia de alimentos com uma festa, oferecendo à população inhame, milho e côco. O rei comemorava com sua família e seus súditos só as feiticeiras não eram convidadas. Furiosas com a desconsideração enviaram à festa um pássaro gigante que pousou no teto do palácio, encobrindo-o e impedindo que a cerimônia fosse realizada. O rei mandou chamar os...

A Pirâmide Invertida - historiografia africana feita por africanos (Carlos Lopes)

Neste momento, você terá a oportunidade de ler um pouco do fichamento do texto de Carlos Lopes "A Pirâmide Invertida - historiografia africana feita por africanos. Na introdução Carlos Lopes tenta traçar uma “ apresentação crítica dos argumentos avançados pelos três grandes momentos de interpretação histórica da África ” (LOPES; 1995). Para ele a historiografia deste continente tem sido “ dominada por uma interpretação simplista e reducionista ”, mas antes do autor começar a falar sobre estes momentos, ele demonstra um paralelo da historiografia africana com um momento “ em que os historiadores estão cada vez mais próximos do poder ”, e afirma que estes historiadores são todos de uma mesma escola historiográfica que proclama “ a necessidade de uma reivindicação identitária ”, citando como exemplos “ de uma interdependência entre a História e o domínio político ” “Inferioridade Africana” É através do paradigma de Hegel - o "fardo" do homem branco -, que o ocidente conhec...

Sátira das Profissões, um documento egípcio que valoriza o escriba

Este é um trabalho de Pesquisa do Documento "Sátira das Profissões" escrito egípcios que contém incômodos existentes em cada tipo de trabalho, assim como a valorização do Escriba enquanto profissional. A leitura deste documento demonstra que a atividade intelectual era valorizada no Egito Antigo, muito diferente das atividades braçais que são classificadas de maneira grosseira pelo escritor do documento. O tema é curioso. É a história de um pai Khéti que conduz o filho adolescente Pépi para a escola de escribas da Corte por ser, segundo ele, a mais importante das profissões e durante a viagem da barca resolve comparar vários ofícios. Figura retirada do jogo Faraó, feito pela Sierra e sob licença da VU Games. Quais são as profissões do texto? As profissões descritas no texto são Ferreiro, Marceneiro, Joalheiro, Barbeiro, Colhedor de Papiro ou de Junco (que na verdade ele colhe o junco para daí fazer o papiro), Oleiro, Pedreiro, Carpinteiro, Hortelão, Lavrador, Tecelão, Por...

Uma Breve História de Maragojipe, por Osvaldo Sá

Obs.: Este blog é adepto da grafia Maragogipe com o grafema G, mas neste texto, preservamos o uso da escrita de Maragojipe com o grafema J defendida pelo autor. Uma Breve História de Maragojipe Por Osvaldo Sá A origem do município de Maragojipe, como a de tantos outros municípios do Recôncavo Baiano, remonta ao período do Brasil Colonial, durante o ciclo da cana-de-açúcar. Conta a tradição popular que a origem do município deveu-se à existência de uma tribo indígena denominada “Marag-gyp”, que se estabeleceu em meados do século XVI às margens do Rio Paraguaçu. Destemidos e inteligentes, mas adversos à vida nômade, esses indígenas dedicavam-se ao cultivo do solo, à pesca e a caça de subsistência, manejando com maestria o arco e flecha e também o tarayra (espécie de machado pesado feito de pau-ferro), com o qual eram capazes de decepar de um só golpe a cabeça do inimigo. Osvaldo Sá, 1952 - Aos 44 ano Segundo a tradição da tribo, os mais velhos contavam que suas pri...