Escrito por Zevaldo Luiz Rodrigues de Sousa
Licenciado em História pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Coordenadas: 12°44'7.59"S/ 39° 4'41.01"O
Povoados: Oitizero; Palmar/São Roque do Cumbe; Palmar de Cima; Batatan de Baixo (Serraria 2).
Divisas: O distrito de Guapira faz divisa com os distritos de Coqueiros (Norte), Maragogipe (Leste), Guaí (Sul), e com os municípios de São Felipe (Oeste) e Cruz das Almas (Norte).
Histórico:
Dos pouquíssimos documentos encontrados sobre o distrito de Guapira, alguns trazem uma característica particular. Esse distrito sempre teve sua economia voltada para produtos de primeira necessidade (Inhame, Mandioca, Amendoim, Milho, Frutas, Verduras e Hortaliças) e seus derivados.
O distrito foi criado após o desmembramento de São Felipe que desde 1725 era distrito de Maragogipe. Numa época em que a principal rota comercial terrestre era a estrada que passava pelo futuro distrito de Guapira ligando as terras de Bartolomeu Gatto (Maragogipe) às terras de seus irmãos Felipe e Tiago Gatto (São Felipe).
No final do século XIX, a colônia portuguesa crescia em vários pontos da Bahia, havendo a necessidade de novas divisões territoriais e administrativas. Por este motivo, em 29 de maio de 1880, o distrito de São Felipe conseguiu se desmembrar do município de Maragogipe e se elevou à categoria de vila, através da Lei Provincial Nº 1952 e neste mesmo dia, foi divulgado a Lei Provincial Nº 1953, criando o distrito de Caveiras (hoje Guapira) e anexado ao município de Maragogipe.
O tempo passou e em 30 de novembro de 1938, pelo decreto estadual no 11089, o distrito de Caveiras passa a ser chamado de Guapira e assim permanece até nossos dias. Os motivos da troca tão repentina de nomes, ainda não foram encontrados. Vale ressaltar que é a história do distrito precisa ser melhor analisada devido a escassez de documentos. Talvez, um pouco de história oral caberia bem para resolver esse problema, ou pelo menos, parte dele.
O distrito foi criado após o desmembramento de São Felipe que desde 1725 era distrito de Maragogipe. Numa época em que a principal rota comercial terrestre era a estrada que passava pelo futuro distrito de Guapira ligando as terras de Bartolomeu Gatto (Maragogipe) às terras de seus irmãos Felipe e Tiago Gatto (São Felipe).
No final do século XIX, a colônia portuguesa crescia em vários pontos da Bahia, havendo a necessidade de novas divisões territoriais e administrativas. Por este motivo, em 29 de maio de 1880, o distrito de São Felipe conseguiu se desmembrar do município de Maragogipe e se elevou à categoria de vila, através da Lei Provincial Nº 1952 e neste mesmo dia, foi divulgado a Lei Provincial Nº 1953, criando o distrito de Caveiras (hoje Guapira) e anexado ao município de Maragogipe.
O tempo passou e em 30 de novembro de 1938, pelo decreto estadual no 11089, o distrito de Caveiras passa a ser chamado de Guapira e assim permanece até nossos dias. Os motivos da troca tão repentina de nomes, ainda não foram encontrados. Vale ressaltar que é a história do distrito precisa ser melhor analisada devido a escassez de documentos. Talvez, um pouco de história oral caberia bem para resolver esse problema, ou pelo menos, parte dele.
O potencial agrícola do distrito de Guapira é conhecido desde o início do século XIX e até hoje, o distrito, que na época chamava-se Caveiras, dedicava especial importância a produção alimentícia. Em um documento encontrado, registra-se uma sessão da Câmara de Vereadores do dia 20 de março de 1839, por exemplo, os juízes de paz (que eram eleitos na própria vila) de Caveiras, assim como Nagé, Coqueiro, São Felipe, Capela do Almeida e de Maragogipe, reuniram para ouvir ordenação e publicação de manual para melhor aproveitamento racional da agricultura.
A economia da vila sempre foi centralizada na produção de farinha de mandioca e inhame, assim como em outros distritos. Em tempos de escassez de alimentos em Salvador, Maragogipe sempre era obrigada a produzir o que a capital baiana necessitava, de acordo com os interesses também, de cachoeiranos e santamarenses.
Nenhum investimento foi feito nesta região, até 1982, quando foi registrada uma casa de farinha modernizada, em Batatã, fundada através de financiamento do Banco do Brasil. O processo era automatizado através de quatro máquinas: duas para torrar, uma para cevar e um moedor. A produção aumentou dez vezes com relação à casa de farinha rudimentar. Essa farinha produzida no distrito abastecia encomendas de supermercados em Candeias e da CEASA.
Recentemente, a cultura agrícola do distrito de Guapira virou alvo de pesquisas da Embrapa, assim como a cultura do Inhame e da Mandioca se tornou política pública do Governo da Bahia, através dos órgãos EBDA e SEAGRI que desenvolveram projetos de agricultura familiar.
Nenhum investimento foi feito nesta região, até 1982, quando foi registrada uma casa de farinha modernizada, em Batatã, fundada através de financiamento do Banco do Brasil. O processo era automatizado através de quatro máquinas: duas para torrar, uma para cevar e um moedor. A produção aumentou dez vezes com relação à casa de farinha rudimentar. Essa farinha produzida no distrito abastecia encomendas de supermercados em Candeias e da CEASA.
Recentemente, a cultura agrícola do distrito de Guapira virou alvo de pesquisas da Embrapa, assim como a cultura do Inhame e da Mandioca se tornou política pública do Governo da Bahia, através dos órgãos EBDA e SEAGRI que desenvolveram projetos de agricultura familiar.
A religiosidade do distrito de Guapira é marcada por dois momentos especiais, como a maioria dos seus habitantes são católicos, percebemos a devoção a Nossa Senhora de Santana e ao Deus Menino, todos dois na vila Guapira.
Escrito por Zevaldo Luiz Rodrigues de Sousa
Licenciado em História pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
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