Por Francisco Gomes
No dia 15 de novembro de 1988 às 19h, na Associação Atlética Maragojipana começava a contagem dos votos da eleição mais disputada da história da política de Maragojipe. Eram sete os candidatos a prefeito: Plínio Guedes (PFL), Rubinho Armede (PMB), Betuca (PDC), Arivaldo Vieira (PL), Cid Seixas (PMDB), José Carlos Charlê (PT) e Mamede Xander, que na época chamava-se, Mamedinho (PDT).
No dia 15 de novembro de 1988 às 19h, na Associação Atlética Maragojipana começava a contagem dos votos da eleição mais disputada da história da política de Maragojipe. Eram sete os candidatos a prefeito: Plínio Guedes (PFL), Rubinho Armede (PMB), Betuca (PDC), Arivaldo Vieira (PL), Cid Seixas (PMDB), José Carlos Charlê (PT) e Mamede Xander, que na época chamava-se, Mamedinho (PDT).
Apesar dos vários candidatos, a disputa acirrou-se entre o jovem Rubem Guerra Armede, que pela primeira vez candidatou-se a um cargo eletivo, e o veterano político Plinio Pereira Guedes.
Naquela época os eleitores votavam marcando com um X na cédula eleitoral de papel, no nome e número do candidato da sua preferência e a contagem dos votos era feita pelos escrutinadores, pessoas da comunidade escolhidas pela justiça eleitoral que contavam os votos de um em um. Esse processo era muito lento e levava dias para se saber o resultado final das Eleições. Primeiro eram abertas as urnas da sede depois as distritais sempre começando por Coqueiros e finalizando por São Roque.
Nas eleições de 88 aconteceram fatos marcantes que nos servem de exemplo até hoje. Em agosto era certa a vitória do candidato Betuca, nos quatro cantos da cidade só se ouvia a frase: FUTUCA, FUTUCA, SÓ DA BETUCA. Bel disparou na frente convicto que venceria não aceitou o convite para ser vice de Plínio e seguiu seu caminho, quando entrou setembro e a boa nova andou nos campos, Betuca começou a declinar emergindo as candidaturas do joven Rubinho apoiado pelo então governador Waldir Pires e da “velha raposa política” Plínio Guedes, que tinha apoio do Prefeito da época Bartolomeu Teixeira que dividiu para reinar.
Betuca acabou ficando em terceiro lugar e Arivaldo em quarto, este último empolgou a massa jovem tendo a frente da sua campanha o trio Transas Mil arrastando multidões para os seus comícios. Cid ficou em quinto mas, venceu as eleições no distrito de Nagé, Charlê em sexto e Mamede em sétimo, estes foram fundamentais para a vitória de Plínio sobre Rubinho por 38 votos de frente.
Isso mesmo! 38 votos em um eleitorado de mais de 20 mil eleitores. Plínio venceu Rubinho nas Eleições de 1988, a mais disputada até hoje em nosso município, o 25 venceu tomou posse e pouco antes de completar um ano a frente da prefeitura nas proximidades do Natal de 1989, Maragojipe perdia seu Prefeito e maior líder político Plínio Pereira Guedes que falecera em Capanema. Assumia em seu lugar o vice-prefeito Profº Domingos de Melo e Albuquerque que governou Maragojipe por três anos.
O povo comenta até hoje que vários políticos maragojipanos não aceitaram ser vice de Plínio e assim deixaram de ser prefeito e que se fosse realizada a recontagem dos votos Rubinho venceria aquela eleição. Será?
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